ATA DA SÉTIMA SESSÃO
SOLENE DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEGUNDA LEGISLATURA,
EM 14.04.1998.
Aos quatorze dias do
mês de abril do ano de mil novecentos e noventa e oito reuniu-se, no Plenário
Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às
dezessete horas e trinta e cinco minutos, constatada a existência de “quorum”,
o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada
a homenagear os dez anos do Programa "Palavra de Mulher", da
Televisão Guaíba - Canal 2, nos termos do Requerimento nº 84/98 (Processo nº
918/98), de autoria do Vereador Luiz Braz. Compuseram a MESA: o Vereador Luiz
Braz, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; o Senhor José Roberto
Garcez, representante do Prefeito Municipal de Porto Alegre; a Senhora Marley
Soares; a Senhora Helena Ribeiro Soares, Diretora Administrativa e de
Programação da TV Guaíba; o Senhor João
Azevedo; o Jornalista Ercy Torma, Presidente da Associação Rio-grandense de
Imprensa; o Capitão Glaudemir Genésio Hansel, representante do Comando
Geral da Brigada Militar; a Deputada
Estadual Jussara Cony; os Vereadores
Pedro Américo Leal e Isaac Ainhorn, na ocasião, Secretários "ad
hoc". A seguir, o Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, ouvirem à execução do Hino
Nacional. Após, discorreu acerca da atuação profissional da Senhora Marley
Soares, responsável pelo Programa “Palavra de Mulher”, destacando a importância
do trabalho de Sua Senhoria para debate e divulgação da sociedade porto-alegrense.
Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu
a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. A Vereadora Maria
do Rosário, em nome da Bancada do PT, saudou a equipe do programa “Palavra de Mulher”,
afirmando a necessidade de que as mulheres busquem espaços que permitam sua participação efetiva na sociedade atual.
Na ocasião, o Senhor Presidente procedeu à entrega, à Senhora Marley Soares, de
exemplar da Trilogia "Rio
Grande do Sul - Portfólio Poético e Documental" , do Poeta Luiz Coronel. A
Vereadora Anamaria Negroni, em nome das Bancadas do PSDB e PFL, prestou sua
homenagem ao Programa “Palavra de Mulher”, declamando poema de sua autoria,
acerca da apresentadora deste programa, Senhora Marley Soares. A Vereadora
Clênia Maranhão, em nome da Bancada do PMDB, destacou a justeza da presente
homenagem, afirmando que a Senhora Marley Soares representa uma geração de
mulheres que acredita na capacidade feminina, trabalhando problemáticas
quotidianas para construir um novo pensamento social. O Vereador Pedro Américo
Leal, em nome da Bancada do PPB, declarando que “a mulher é hospedeira de um
novo ser e, como tal, desenvolve emoções, atributos e predicados que os homens
não desenvolvem”, discorreu acerca do Programa “Palavra de Mulher”, enaltecendo
o trabalho realizado pela Senhora
Marley Soares. O Vereador Isaac
Ainhorn, em nome da Bancada do PDT, comentou a importância do Programa “Palavra
de Mulher” para a divulgação dos acontecimentos da Cidade ligados à mulher,
salientando o pioneirismo observado na forma como são tratados os temas
abordados nesse programa. O Vereador Carlos Garcia, em nome da Bancada do PSB,
analisando as dificuldades inerentes a um programa de transmissão diária,
parabenizou a Senhora Marley Soares por conseguir, apesar destas dificuldades,
manter uma programação de bom nível, diversificado e de ótima recepção junto ao
público alvo. Em prosseguimento, a Funcionária Jaira de Fátima dos Santos
Soares, em nome da Mesa Diretora da
Casa, procedeu à entrega de flores à Senhora Marley Soares. Após, o Senhor
Presidente concedeu a palavra à Senhora Marley Soares que, em nome da equipe
responsável pelo Programa "Palavra de Mulher", agradeceu a homenagem
prestada pela Casa. Em continuidade, o Senhor Presidente convidou os presentes
para, em pé, ouvirem à execução do Hino Rio-grandense, agradeceu a presença de
todos e, nada mais havendo a tratar, declarou encerrados os trabalhos às
dezoito horas e quarenta e sete minutos, convocando os Senhores Vereadores para
a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos
pelos Vereadores Luiz Braz, Isaac Ainhorn e Pedro Américo Leal, este nos termos
do parágrafo único do artigo 27 do Regimento, e secretariados pelos Vereadores
Pedro Américo Leal e Isaac Ainhorn, Secretários "ad hoc". Do que eu,
Pedro Américo Leal, Secretário "ad hoc", determinei fosse lavrada a
presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelos
Senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Damos início, neste momento, à 7ª
Sessão Solene destinada a homenagear o programa Palavra de Mulher, da TV
Guaíba, apresentado pela Sra. Marley Soares, pelo seu décimo aniversário.
Convido
para que façam parte da Mesa: o representante do Prefeito Municipal de Porto Alegre,
Sr. José Roberto Garcez; a idealizadora e apresentadora do programa Palavra de
Mulher Sra. Marley Soares; a Diretora-Administrativa e de Programação da TV
Guaíba, Sra. Helena Ribeiro Soares; o Sr. João Azevedo, esposo da homenageada;
o Presidente da ARI ,jornalista Ercy Torma; o representante do Comando-Geral da
Brigada Militar, Capitão Glaudemir Genésio Hansel e, com muito prazer
recebemos, ela que já foi Vereadora desta Casa e hoje, com brilhantismo, está
na Assembléia Legislativa, a Deputada
Jussara Cony.
Convidamos
a todos para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional.
(Procede-se
à execução do Hino Nacional.)
Já
solicitei ao setor competente da Casa que providencie o Hino Nacional cantado,
para que todos possam cantar. Ontem foi o dia
em que se comemorou o dia do Hino Nacional Brasileiro. Acredito que, com
o passar do tempo, as pessoas desaprendem a cantar o Hino. É muito importante
que o nosso Hino seja cantado em nossas solenidades.
Esta
data é extremamente importante. Tenho a incumbência de falar pelo meu Partido,
como proponente, e pela Bancada do PPS.
Esta
é a oportunidade de homenagearmos os 10 anos do programa Palavra de Mulher,
apresentado pela nossa querida amiga Marley Soares. Vejo, na figura da Marley,
eu que tenho acompanhado há algum tempo o trabalho desta extraordinária
apresentadora, que ela tem muito a ver com a filosofia à qual sou filiado e que
diz que as pessoas caminham para a perfeição quando elas se baseiam em três
colunas da virtude: na coluna da beleza, na coluna da sabedoria e na da força.
A Marley, na verdade, tem bem forte nela e no trabalho que executa os
princípios destas três virtudes. A força, porque ela é capaz de vencer
obstáculos - já enfrentou tantos obstáculos e tantas dificuldades - e continua
muito firme, e cada vez ela é mais atual. A sabedoria está exatamente nesse
jeito muito especial que a Marley tem de enfrentar os seus obstáculos e de se
relacionar com todas as pessoas. Até hoje não conheci ninguém que não gostasse
de falar com a Marley, de ouvi-la, da delicadeza com a qual consegue colocar as
suas idéias e discuti-las com as pessoas.
É importante ressaltar a beleza que está presente nela e nas suas ações.
Talvez
a Marley nem saiba, mas eu sou casado
com uma pessoa que hoje é advogada, tem uma vida razoavelmente bem definida,
tem uma clientela muito boa em seu escritório. Quando tinha 14 anos de idade e
estava querendo começar a sua vida, ela procurou, pela primeira vez, fazer
contato com a Senhora Marley Soares que, naquela época, era representante da
Helena Rubinstein. Ela tem até hoje uma admiração muito grande pela Marley,
pela forma como foi tratada e orientada por ela, e penso que a Marley não
lembra desse fato, porque muitas passaram por ela. Mas a Mara seguidamente fala
nesse contato que foi a primeira experiência de trabalho que ela teve.
Essa
beleza da Marley nas suas ações representa bem essa outra coluna de virtude.
A
Marley é uma excelente comunicadora. Tenho um amigo - acredito seja amigo
também de boa parte dos Vereadores desta Casa - que hoje preside um partido que
não é o meu, o PSB; gosto muito dele, é o João Batista Marçal, um jornalista
que sabe pensar muito. De repente ele é considerado de uma vertente do
jornalismo, que faz uma série de enfrentamentos e, muitas vezes, considerados
meio atrevidos. Mas ele é uma das pessoas mais inteligentes que eu conheço e
com uma facilidade muito grande de expressar o seu raciocínio. Ele fez um
texto, uma vez, para o nosso programa de rádio, porque, durante muito tempo,
ele fez o programa comigo, que chamou-se “O comunicador dos comunicadores.” Ele
chamava, neste texto, o comunicador dos comunicadores a Cristo, porque ele
dizia que ninguém soube comunicar melhor as verdades do que realmente o fez
Cristo. Eu vejo na figura do comunicador a pessoa que tem generosidade, a
pessoa que tem em si virtudes para poder levar as suas idéias até as outras
pessoas para que as outras pessoas possam acreditar naquilo que ela está
falando, mas que aquela mensagem chegue de um modo benéfico, até aonde ela quer
atingir. E a Marley consegue ser, realmente, aquela comunicadora que li na mensagem do meu amigo Marçal. Ela
é uma grande comunicadora. Você, Marley, é um orgulho de todos nós, que somos
comunicadores e que queremos que todo o nosso mundo de comunicação seja feito
exatamente assim, com sabedoria, com força, com generosidade e querendo levar a
mensagem até as outras pessoas, não para que aquela mensagem possa causar
atrito, conflito, lá do outro lado, mas que ela possa causar bem-estar. E você,
realmente, faz com que as suas mensagens sejam assim.
Eu,
mesmo, numa das promoções que eu tenho, há muitos anos, que vai completar,
neste ano, 17 anos, chamada “Show do Quilo”, já pude provar esta generosidade
desta fantástica Marley.
Sempre
que eu fui buscar apoio, no programa da Marley, pedindo para que ela pudesse
divulgar o “Show do Quilo”, e eu faço o “Show do Quilo” com um segmento que
está aqui representado, que eu gosto muito, que é o segmento dos Clubes de
Mães, que vieram hoje, aqui, prestigiar a Marley, eu sempre recebi uma boa
acolhida. Nunca, na verdade, eu me aproximei do programa da Marley levando a
minha mensagem do “Show do Quilo”, que eu não recebesse uma boa acolhida. E,
talvez, as pessoas pudessem até pensar que isso era uma coisa absolutamente
normal, um show beneficente como é o “Show do Quilo” deve receber uma boa
acolhida. As coisas não são bem assim. É difícil recebermos uma boa acolhida.
Eu recebi de um jornalista de um órgão de comunicação a seguinte resposta: como
eu era político, mesmo que estivesse fazendo um ato benemerente, ele não
poderia divulgar, porque iria me divulgar também como político. E se eu
estivesse fazendo alguma coisa ruim, será que ele também não poderia me
divulgar? O político só deve ser divulgado no momento ruim da sua atuação!
Acredito que o político deve ser divulgado em todos os momentos. Mas, nem todas
as pessoas assim entendem e a Marley Soares sempre me recebeu muito bem no seu
programa “Palavra de Mulher”. Hoje eu peguei o teu projeto novo. Você está
sempre inovando e a programação do “Palavra de Mulher” que é muito boa vai ser
recheada de novas idéias. Vemos ter outros tipos de debates como, por exemplo,
a sexualidade.
Nós que vemos os
jornalistas, os apresentadores, comunicadores fazendo os seus programas pensamos
que ele está ali sentado, apresentando, tem sucesso e vai ficar por ali mesmo.
Mas, uma pessoa de sucesso como é o caso da Marley está constantemente pensando
no que vai fazer para melhorar mais ainda e você dignifica muito este campo da
comunicação, o campo dos apresentadores com as suas ações constantes, com a sua
dignidade, com a sua personalidade, com a sua moral e com o teu jeito muito
especial de chegar até as pessoas e de dizer que podem confiar naquilo que você
está falando, porque ali tem a palavra de uma bela mulher. Parabéns pelos dez
anos de “Palavra de Mulher” e quero citar a presença do Ver. Pedro Américo
Leal, das Vereadoras Clênia Maranhão, Anamaria Negroni e Maria do Rosário que
vieram especialmente para prestigiar esta homenagem que a Casa do Povo de Porto
Alegre presta, especialmente, para você e para o seu programa “Palavra de
Mulher”.
Com
a palavra a Vera. Maria do Rosário que falará em nome da Bancada do PT.
A SRA. MARIA DO ROSÁRIO: (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) É com muita alegria que nós também participamos desta homenagem,
deste momento em que a Câmara Municipal de Porto Alegre, em nome do povo da
nossa Cidade, em nome da cada cidadão, de cada cidadã, de cada homem, de cada
mulher desta Cidade, faz uma homenagem ao programa que tem na sua direção a
jornalista Marley Soares e que se chama “Palavra de Mulher”. Queremos dizer, em
nome da Bancada do PT, que consideramos de uma felicidade ímpar para a nossa
Cidade e para o nosso Estado contarmos com esse programa.
Na
semana passada, também nesta Casa homenageamos os 10 anos do “Câmera 2” e,
portanto, Marley, queremos te abraçar, abraçando à Dra. Helena também, dizendo
da nossa alegria de recebermos nesta Casa, mais uma vez, a TV Guaíba, o sistema
Guaíba-Correio do Povo e marcarmos para a cidade de Porto Alegre a importância
da liberdade, da transparência em comunicação. Mas, de um modo particular, aqui
nos cabe saudarmos o “Palavra de Mulher” pela felicidade ímpar, como dizia,
primeiro do seu nome, de um nome que marca para a sociedade porto-alegrense,
para o Estado do Rio Grande do Sul, para o Brasil e para as nossas culturas a
idéia que existe uma palavra de mulher e que esta palavra de mulher é forte, é
de participação, presença marcante, afirmativa de nossos direitos, demonstra e
constrói dentro da sociedade, todos os dias, nos momentos em que as pessoas
compartilham desse programa capitaneado pela Marley Soares e cada um dos seus
convidados, ela marca, sem sombra de dúvida, a defesa da igualdade no
reconhecimento do quanto é maravilhosa a diferença.
Então,
um programa que se chama “Palavra de Mulher”, desde o seu início merece, de
nossa parte, uma saudação. A verdade é que nos parlamentos, assim como em toda
a sociedade, nas instituições sociais, nas entidades da sociedade - aqui temos
a presença do Clube do Professor Gaúcho - nos clubes de mães, nas associações
de moradores, os sindicatos e na vida política parlamentar e nos espaços do
poder, no Poder Exercutivo, também, nós começamos a ocupar espaços do mesmo modo
que a Marley ocupa, nesses dez anos, no seu “Palavra de Mulher”, trazendo junto
conosco, tenho certeza, todas as mulheres desta Cidade, todas as mulheres deste
Estado que querem mostrar a força que têm no seu dia-a-dia, na condução de suas
casas, como chefes de família, como pessoas integradas na sociedade, como
pessoas participantes do seu mundo e
plenamente cidadãs.
Não
é tão longa a nossa história quando falamos, por exemplo, do direito ao voto.
Foi na década de trinta que as mulheres conquistaram, no Brasil, o direito de
voto.
Gostaria de dizer que se
nós estamos aqui, nos dias de hoje, com um programa na TV Guaíba, diário,
chamado “Palavra de Mulher”, se nós estamos neste parlamento representando, com
muita honra, uma bancada que, na sua íntegra, é composta principalmente por
homens - e eu tenho a honra de ser a Líder do PT, nesta Casa - quero dizer,
Marley, que, se nós construímos essa nossa trajetória, também, por toda essa
caminhada das mulheres que nos antecederam em outros momentos e, de um modo
particular, se nós estamos aqui, é porque as mulheres têm palavra, porque as
mulheres querem reconstruir a história política deste País com ética, com
determinação, com confiança no futuro, com o olhar para a frente, sabendo dos
problemas que nós temos nos dias de hoje, mas com o respeito de quem quer
integrar, de quem não quer excluir. E nós estamos aqui certamente, porque
existe na TV Guaíba o “Palavra de Mulher”. Receba o carinhoso abraço da Bancada
do Partido dos Trabalhadores, e a certeza de que, quando nós falamos nesta
tribuna,e quando nós falamos em “Palavra de Mulher”, nós lembramos de Marley
Soares, nós lembramos do seu pioneirismo, da sua coragem e queremos reproduzir
essa coragem em todos os nossos atos como mulher, como cidadãs. Muito obrigada.
(Palmas.)
O SR. PRESIDENTE: Marley, o nosso Vice-Presidente da
Casa, Ver. Isaac Ainhorn, vai ocupar a
Presidência dos trabalhos, porque preciso participar de uma outra reunião.
Antes disso, quero passar às suas mãos um dos presentes que, eu acredito, é dos
mais bonitos que nós podemos realmente entregar a alguém que vem visitar esta
Casa, ou alguém que é homenageado por esta Casa. Nós vamos entregar a você o
retrato e a poesia do Rio Grande do Sul, que está sintetizada nesta obra muito
bonita do meu amigo Luiz Coronel. Tenho certeza absoluta de que você vai gostar
muito dessa trilogia que é feita pelo Coronel e, que lhe entregamos como um
presente muito especial para você, numa recordação desses dez anos do seu
programa. Mais uma vez, parabéns, eu quero agradecer muito tudo aquilo que você
já fez por este Vereador e por toda esta Casa. (Palmas.)
Passo os trabalhos ao meu amigo,
Vice-Presidente da Casa Ver. Isaac Ainhorn.
O SR. PRESIDENTE (Isaac
Ainhorn): Honrado com a deferência do Presidente desta Casa, Ver. Luiz
Braz, que passou a mim a Presidência dos trabalhos desta Sessão Solene, o que
muito me honra, porque acompanho desde o início o programa consagrado da nossa
TV Guaíba “Palavra de Mulher”.
A
Vera. Anamaria Negroni está com a palavra, para falar em nome do seu Partido,
PSDB, e do PFL.
A SRA. ANAMARIA NEGRONI: Sr. Presidente, nossa homenageada
Marley Soares, demais componentes da Mesa, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras,
para mim, Marley, é uma satisfação, uma honra muito grande, pronunciar-me hoje aqui nesta Casa, já que
me pronunciei na sua casa, a TV Guaíba, a seu convite. Para nós, sempre foi e
sempre será prazeroso participar do seu programa.
Eu
falo em nome da minha Bancada, o PSDB, em nome dos Vereadores Cláudio Sebenelo
e Antonio Hohlfeldt, nosso Líder de Bancada, e também em nome do Ver. Reginaldo
Pujol, do PFL.
Falar de
Marley Soares é fácil, porque acredito que todos nós já a conhecemos, é só
ligar a TV no canal 2, a partir das 16h30min, que nós temos essa figura
maravilhosa, cheia de vida, com muita expressão e que nos trata, polílicos que
vamos lá dar a nossa palavra, com o carinho que, às vezes, a gente não tem em
outros programas. Marley Soares, o objetivo desta Sessão é homenagear os 10
anos do teu programa. Já havia antecipado essa homenagem no nosso livro de
Poesias, “Momentos Mágicos”, que você também colaborou inclusive, em que eu
mencionei, na minha apresentação, a poesia feita para você, no ano passado,
dizendo que, embora singela, a poesia
retratava a grandeza de uma mulher de fibra, a grandeza dessa nossa Hebe
Camargo dos pampas!
Manter
um programa por dez anos, sabemos que não é fácil. Já conversamos bastante
sobre isso e, realmente, é uma luta gloriosa, porque não é só a apresentação,
não é só aquilo que o pessoal vê na
telinha em casa, mas é nos bastidores, quantas preocupações, com relação à
produção do programa, com os investidores, com os patrocinadores do programa, do contrário o programa não vai ao ar, é
impossível.
Então,
realmente, Marley não só por todo aquele “glamour”, aquela maravilha que é você, naquilo
que vemos, mas nos bastidores, a gente sabe o quanto você trabalha!
Quero,
também, homenageá-la pelo seu aniversário, dia 21 de abril, quando você, Marley,
completará mais um ano de vida. No ano passado, por iniciativa de seu irmão,
Elias Soares, que se encontra presente, tive a oportunidade de falar um
pouquinho da Marley no dia do seu aniversário. Com muita alegria recebi esse
convite e pensei em escrever algumas quadrinhas para a Marley. No sábado,
Elias, eu me pronunciei e declamei aquela poesia, que vocês já conhecem, para
que ficasse bem sedimentado todo aquele agradecimento que eu tenho por você,
que me deu espaço no seu programa, que me promoveu, quando da minha eleição,
que gostou da minha maneira de ser e depois do meu trabalho. Então,
oportunizou-me fazer a minha poesia, e eu gostaria de ocupar um pouquinho mais
da atenção dos senhores para dizer o finalzinho dessa poesia. (Lê):
“Você é simpatia, / É
espontaneidade, / É atenção, é luz, / É beleza, / É fulguração. / Você é sonho,
/ É realidade, / É ficção. / Você é combativa, / É destemida, / É atuação. /
Você é energia, / É atualidade, / É projeção. / Você é dinâmica, / É
criatividade, / É evolução. / Você é profissional, / É autenticidade, / É
divulgação. / Você é liderança, / É representatividade, / É comunicação. / Você
é o pioneirismo de antepassados, / É a perseverança da raça gaúcha, / É a
tradição de nossa gente. / Você é o brilho da estrela, / É a marca do sucesso,
/ É a certeza da vitória. / Você é o Momento Mágico, / É a Maga da TV, / É. da
TV, a magna. / Você é a MARLEY mulher, / A mulher MARLEY, / “PALAVRA DE
MULHER”. Muito obrigada. (Palmas.)
(Não
revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE : A Vera. Clênia Maranhão está com a
palavra. Fala pelo PMDB.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente em exercício, Ver. Isaac
Ainhorn. (Saúda os demais componentes da Mesa.) Prezadas mulheres,
companheiras, companheiros, que acompanham, nesta tarde, esta legítima e
honrosa homenagem que a Câmara Municipal de Porto Alegre oferece à comemoração
dos dez anos de “Palavra de Mulher”.
Quando nós, enquanto Vereadores, decidimos
homenagear um cidadão, uma cidadã da nossa Cidade, no caso da homenagem à
Marley decidimos por unanimidade, na verdade estamos representando o
reconhecimento do Município.
Quando
decidimos resgatar a história de uma pessoa que tem formado a opinião pública
da Capital do nosso Estado estamos, na verdade, apenas retribuindo um pouco da
construção que é feita por essa pessoa e, no caso, você, Marley, no nosso
Município.
Porque
a Marley Soares é uma dessas pessoas públicas que o nome se confunde com seu
trabalho e com as ações que a fizeram pública.
Pensar
no programa “Palavra de Mulher” sem a Marley é pensar em outro programa, não é
o “Palavra de Mulher”. Porque a Marley é a representação de um pensamento, de
uma ousadia feminina. Ela é a representação de uma geração de mulheres que
acreditou numa coisa fundamental para o sucesso, ela acreditou na capacidade
das mulheres.
A
Marley transformou isso em êxito, trabalhando uma coisa que parece elementar,
mas que é tão difícil, que é trabalhar o cotidiano das pessoas, que é trabalhar
aquela problemática que todas as mulheres vivem, sentem, convivem, conhecem
muito bem, e que, muitas vezes, não falam, calam, muitas vezes, tentam
justificar seus problemas.
A
Marley é daquelas mulheres que transgridem positivamente, porque ela traz
à tona aquilo que era considerado
privado e torna público. E transformando em público, ajuda a construir um novo
pensamento e a melhorar o espaço privado de todas as mulheres.
Lembro
muito do início do programa da Marley, ainda não era dentro dos estúdios da TV
Guaíba, era lá na PUC, em uma pequena sala. Naquele momento, eu não era
Vereadora, era mais uma forasteira, chegada há poucos anos no Rio Grande do
Sul, sempre era muito gratificada com os convites da Marley que acreditava
muito no trabalho que fazíamos na defesa dos direitos da mulher. Aquilo que era
considerado inovador, ousado pela grande parte da sociedade era compreendido
pela produção do programa da Marley, era compreendido pela Marley e era trazido
à sociedade através do programa “Palavra de Mulher”. Sempre que participo de
uma comemoração de mais um aniversário do sucesso da Marley, que é o sucesso do
“Palavra de Mulher”, que é parte do sucesso da TV Guaíba, que é parte do
sucesso da nossa Cidade, lembro que é muito fácil falar sobre a questão da
mulher hoje, que é muito fácil falar das conquistas que as mulheres tiveram
depois da “lei das cotas”, depois de
tantas legislações que as mulheres parlamentares vanguardiaram neste País.
Porém, o “Palavra de Mulher” é anterior a incorporação da carta das mulheres na
Constituição. O “Palavra de Mulher” é de um tempo onde as mulheres
trabalhadoras rurais ainda não tinham direito na titularidade da terra, onde as
mulheres trabalhadoras domésticas não eram sequer consideradas trabalhadoras e
que as mulheres ainda não tinham tido a garantia das suas legendas nos seus partidos.
Eu acredito que aí está o grande mérito deste programa. O “Palavra de Mulher”
foi pioneiro numa sociedade tremendamente discriminadora em relação às mulheres
e com extrema dificuldade em compreender o universo feminino.
Marley,
o “Palavra de Mulher” e a TV Guaíba estão de parabéns porque foram capazes de
antever esse tempo e foram capazes de tornar público o universo feminino. Muito
obrigada.
(Não
revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Pedro Américo Leal está com a
palavra.
O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Exmo. Sr. Presidente em exercício, Ver.
Isaac Ainhorn, membros da Mesa já devidamente nominados, eu sempre afirmo que
este aspecto que tenho não representa a verdade. Eu sou um homem dominado por
mulheres, porque em minha casa tenho 5 filhas e a minha esposa. Então, eu não
tenho direito ao veto, porque não tenho dois terços. No meu gabinete tenho 11
pessoas e 10 são mulheres. Então, com isso, numericamente eu não preciso provar
mais nada. Eu estou dando exemplos. As palavras podem, talvez, levar a idéias
fantasmagóricas e fantasias incríveis trazidas pelo orador brilhante e que
possa, com sua oratória, inebriar o público, mas os exemplos não, os exemplos
arrastam.
Quando
eu saúdo a Marley pelos seus 10 anos de programação, eu fico pensando por que
ela nunca me convida. É porque eu tenho uma forte “palavra de homem”. Talvez
ela me convide duas ou três vezes durante o ano, se tanto. Não é absolutamente
uma insinuação, porque o Presidente da Casa, Ver. Isaac Ainhorn , já está se
sentindo nervoso com esse convite que estou insinuando a ela.
Marley,
a mulher é um ser extraordinário, e não precisa ser psicólogo para dizer isso,
mas é o sentimento, ela é a hospedeira de um novo ser e, como tal, desenvolve emoções, atributos, predicados
que nós homens não desenvolvemos, absolutamente. Eu nunca tive nenhuma dúvida,
e quando chefiei o Departamento de Testes e Provas Psicológicas da PUC,
constatei perfeitamente que as mulheres não ficavam devendo nada em
inteligência aos homens.
Quero
vos brindar, não com palavras, apenas com uma lenda do Tibet. Dizem que em
certo mosteiro do Tibet, desses onde vivem em clausura, todos desejavam, como
ermitões, como futuros monges, penetrar naquele sacrossanto veículo de condução
da alma para o espírito maior, que é a eternidade; mas não conseguiam, porque a
portinhola da porta desse mosteiro se abria, rangia e o monge do lado de dentro
fazia uma pergunta breve, ninguém podia ouvir e ninguém entrava. Anos e anos,
naquela colina, aquele mosteiro modesto não lograva ter um candidato que
conseguisse passar pela porta. Que pergunta terrível seria essa?
Para
abreviar a história, que é muito longa, um belo dia a portinhola se abriu,
rangeu e fizeram a pergunta, o futuro monge conseguiu entrar. Mas o que
perguntavam afinal de contas? Que interrogação maravilhosa era essa que faziam?
E que só podia ser uma mensagem do bem saída daquele convento, mas o que era? O
monge fazia uma só pergunta, lacônica: “Quem tu és?” E sempre fechava a porta,
porque não conseguiam responder, até que um dia esse candidato a monge entrou.
O que ele teria respondido para, como uma gazua, passar naquela porta em
direção ao que ele pretendia? Ele apenas respondeu uma coisa: “Eu sou tu.”
Você
tem sido “tu” nos seus programas. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Pedro Américo Leal): O Ver. Isaac Ainhorn está com palavra.
O SR. ISAAC AINHORN: (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Para nós é motivo de muita satisfação e honra poder fazer uso da
palavra neste momento, num momento em que comemoramos os dez anos do programa
Palavra de Mulher, homenagem prestada
por esta Casa, por iniciativa do Ver. Luiz Braz que teve a acolhida unânime dos
Vereadores desta Casa.
Quero
dizer da minha satisfação, já que
recentemente, aqui, - e isso tem que ser visto como um dado extremamente
importante -, neste mesmo plenário, prestamos homenagem ao programa “Câmera 2”,
também por ocasião dos seus dez anos. E hoje, estamos prestando homenagem ao
dez anos do programa “Palavra de Mulher”, da Marley Soares, que já é
reconhecido por uma lei municipal proposta pela então Vera. Letícia Arruda,
cidadão de Porto Alegre. Quero dizer da importância do teu programa, Marley,
para a Cidade, para o Estado, para a divulgação de tudo que acontece na Cidade
ligado à mulher, ao comportamento, a fatos novos, a todo um conjunto de
questões que interessam à mulher e a sociedade como um todo, e é dentro dessa
linha que posso dizer, com muita satisfação, que, por inúmeras vezes,
participei do teu programa, falando de projetos de lei de minha autoria, que
tinham a ver com o comportamento, com a atuação a questões da mulher, da
sociedade, do cotidiano, do dia-a-dia da vida da Cidade. Sempre tive a acolhida
da produção do teu programa em relação a matérias que diziam respeito aos
interesses da Cidade, à vida da nossa região metropolitana, do nosso Estado.
Esse é o grande mérito dessa programação da TV Guaíba do qual acha-se inserido
o teu programa que conquistou um espaço de reconhecimento dentro da Cidade de
Porto Alegre, dentro do nosso Estado, a programação local, ao vivo. Isso
refletiu um pioneirismo que se irradiou por diversos programas de outras
emissoras daqui da Cidade e que hoje ganha mais força, sobretudo com a chamada
TV a Cabo. É indiscutível que a TV Guaíba, o teu programa, o “Câmera 2” são
programas que tiveram o pioneirismo dessa largada e ali, não só as mulheres,
mas todos aqueles que têm uma mensagem que pareça com o perfil e a natureza do
programa, têm o seu espaço. Aqui eu me alio ao Ver. Pedro Américo Leal, que
deixou o seu registro, não a sua indignação, das poucas vezes que participou do
teu programa. Com sinceridade, nos últimos tempos não tenho sido brindado, pela
produção do programa, em estar presente na tua programação. Até vou reavaliar
os assuntos que estou trabalhando para ver se é a produção que não me confere a
dignidade de lá comparecer, ou são as questões que estou atuando. Caso
contrário, não vou precisar aqui dar um “carteiraço” e apelar para a Dona
Marley Soares, aquela que é responsável pelo programa “Palavra de Mulher”. É
uma satisfação prestar essa homenagem, é importante para a Cidade de Porto
Alegre, são importantes as manifestações dos nossos Vereadores, da iniciativa
do Ver. Luiz Braz. O teu Programa é muito importante para todos nós, para a
Cidade e para o Poder Legislativo de Porto Alegre, porque através de programas
como o teu, que existe há 10 anos, é que podemos fazer aquele elo, aquela
ligação fundamental do que estamos fazendo, das nossas idéias, dos nossos projetos,
dos nossos sonhos para fazer chegar até o conjunto da sociedade. Esse fenômeno
se dá através de um Programa como teu. Por isso o reconhecimento da Casa, da
seriedade de teu Programa, ao profissionalismo da ação que tu tens
desenvolvido. Por isso manifestamo-nos e fazemos uso da palavra, não só dentro
da ótica das colegas Vereadoras, pelo nome do Programa “Palavra de Mulher”,
mas porque é um programa que tem espaço
para os homens que têm o que dizer e com mensagens ligadas às questões da
mulher e da nossa sociedade em um contexto maior. Eu sei que esse é o teu
perfil, é a tua natureza e é também a idéia do teu Programa que é de sucesso,
consagrado pela sociedade porto-alegrense, pela audiência que é medida pela
participação no programa e pelas respostas no dia seguinte, quando as pessoas
dizem: “Eu te vi no Programa da Marley”. Também sabemos que os patrocinadores
são muitos, isso, graças a Deus, revela o sucesso do Programa. As pessoas
patrocinam, investem em teu programa, porque sabem da audiência que ele tem e
também pelo teu carisma e pelo conteúdo de teu
trabalho no dia-a-dia. A gente sabe o quanto é difícil fazer um
programa, diariamente, preparando as matérias, as entrevistas, para que as
pessoas tenham participação. É um renovar-se dia-a-dia, em um trabalho que vai
de segunda à sexta-feira. Parabéns a
grande Líder e Pioneira Marley, parabéns ao “Palavra de Mulher”, parabéns a
Dona Helena, da TV Guaíba, porque conheço como ela dirige aquela Televisão e o
incentivo que ela dá às pessoas que em uma parceria com a TV Guaíba realizam um Programa como o teu. Por isso a
importância aos espaços dados aos jornalistas, aos trabalhos realmente de
natureza profissional que tem acolhida naquela Casa. Portanto, tu és uma mulher
vitoriosa em tua programação e vai seguir nessa linha, nessa trilha a que te
propuseste, com respeito e admiração da sociedade a ti e ao conjunto das
pessoas que fazem contigo o “Palavra de Mulher”. Parabéns. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): Damos continuidade a esta Sessão. Para a
nossa satisfação, o Ver. Pedro Américo Leal, que tem pouca prática nestes
assuntos da Mesa, não marcou o nosso tempo.
Nós
concedemos a palavra ao Ver. Carlos Garcia, que falará em nome da sua Bancada,
o Partido Socialista Brasileiro.
O SR. CARLOS GARCIA: (Saúda os Componentes da Mesa e demais
presentes.) Prezada Marley, falar do teu programa Palavra de Mulher é falar de
uma mulher lutadora e de fôlego. Realmente, foi uma pessoa que, ao longo desses
anos, abriu um espaço, um espaço próprio, de sua característica.
Está falando, aqui, alguém
que não é tão assíduo do teu programa, devido ao horário, mas eu gostaria de
participar, de ver mais vezes. Lá em casa, tenho o testemunho da minha esposa e
das minhas filhas que assiduamente e diariamente assistem ao teu programa.
Inclusive, nas segundas-feiras, quando o Odalgir Lazzari participa, elas são
figuras que estão sempre presentes em frente a televisão. Esse teu espaço
dignifica, e muito, essa imagem da mulher, porque é um programa de variedades.
É difícil alguém fazer um programa no seu dia a dia e, por isso, eu disse que é
um programa de fôlego, porque ele requer todos os dias uma programação nova,
instrumentação nova e assuntos novos. Podes ter a certeza de que tu consegues
fazer isso, porque o teu programa, no final, é notícia. Isso é algo difícil,
porque uma coisa é fazer um programa semanal, agora, a programação diária tem
essas dificuldades, por isso, em grande parte, podemos ver o talento e o mérito
de quem produz e realiza, porque é uma virtude ter essa empatia com o público.
Podes ter certeza, o teu público não é exclusivamente feminino; o público
masculino que tem a possibilidade de estar presente naquele horário liga, e
muito, o Canal Dois, que tem também esta virtude de ser um canal nosso, porque
ele faz exclusivamente programas locais.
Marley,
agora vou fazer uma homenagem ao teu esposo, porque, ao longo desses dez anos,
te acompanhar no dia a dia deve ter
sido algo difícil, mas, ao mesmo tempo, gratificante.
Em
nome da Bancada do Partido Socialista, gostaríamos de saudá-la e, ao saudá-la,
saúdo todos os demais componentes do teu programa. Parabéns e continues sempre
sendo essa mulher guerreira. Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Neste momento passamos ao momento da
entrega de flores à nossa homenageada.
(A
homenageada recebe flores.) (Palmas.)
Com
a palavra a Sra. Marley Soares.
A SRA. MARLEY SOARES: Na verdade, é um grande prazer estar
aqui. Quero-me dirigir ao Sr. Presidente em exercício, Ver. Isaac Ainhorn, do
PDT, quero também homenagear o representante do nosso Governo Municipal, grande
jornalista José Garcez. Sem dúvida nenhuma, para mim é um orgulho ver aqui
presente a minha grande amiga Dep. Jussara Cony, que providenciou para que
fizéssemos um programa ao vivo diretamente do auditório da Assembléia
Legislativa. Agora, dependo da autorização da minha diretora Dra. Helena Soares
para que isso realmente aconteça. Nós queremos mudar, após 10 anos. Quero
também agradecer a presença do nosso querido Presidente da Associação
Rio-Grandense de Imprensa, Jornalista Ercy Torma; ao representante do Comando
da Brigada Militar, Capitão Glaudemir Hansel, que me contou que sua esposa
também se chama Marley. Quero saudar as nossas Vereadoras, os nossos Vereadores
que aqui falaram de uma forma tão brilhante. Quero saudar aos amigos presentes,
ao meu filho, jornalista Glei Soares Bello, agradeço por tudo, já que ele
coordena o programa para mim; minha mãe, que está aqui presente; meu irmão, que
é jornalista também, e a vocês, meus grande amigos que se fazem presentes, como
a Dra. Célia, Dr. Guimarães, as amigas do Clube de Mães e as demais amigas que
aqui vieram. Na verdade, poderia estar cheia esta platéia, mas não fiz uma
divulgação maior. É muito fácil falar, apesar de que alguns contestem, para uma
lente, para uma câmera, é como olhar para esta câmera fotográfica, eu olho e
não enxergo os olhos do fotógrafo; falar em televisão é bem mais fácil do que
falar em público, olhos nos olhos, recebendo a energia de cada um. Estou muito
honrada, sinto-me muito feliz em estar aqui. Agradecendo às autoridades, não
posso esquecer que um dia, num projeto da Vera. Letícia Arruda, tive a honra de
me incluir como mulher porto-alegrense, eu que sou pelotense de nascimento,
hoje, sou uma porto-alegrense, por ser Cidadã de Porto Alegre. É um orgulho
muito grande. Vim para Porto Alegre nos anos 70, em janeiro, aqui vim trabalhar e fui bem acolhida por
esta Cidade que é, na verdade, muito alegre mesmo. O meu sucesso, e não posso
ser modesta, foi através de uma grande luta, principalmente, “convivendo e
vivendo”, como disse o nosso Presidente
Luiz Braz .
Quando
vim para cá, vim como diretora de uma multinacional chamada Helena Rubinstein e
o meu trabalho foi dedicado, tanto na televisão como no jornal ,
principalmente, às mulheres, a minha missão era reunir mais e mais mulheres
para que elas descobrissem a sua beleza exterior, pois a interior, certamente,
todas sabem o valor que possui, desenvolver uma aparência mais saudável, mudar
a cor dos cabelos, mexendo com a cabeça e o rosto das mulheres aqui do Sul
.Trabalhei durante vinte anos na Helena Rubinstein, e o meu pai dizia que
“pedra que muito rola não cria limo”, então permaneci lá durante vinte anos,
nessa multinacional, e, quando saí, fui para a TV Guaíba pedir um espaço, e me orgulho muito disso.
A Dra. Helena Ribeiro Soares, que está
aqui presente, acreditou no meu projeto, projeto esse que eu fazia “sem
piloto”, sem estar gravado. Acho que ela gostou da minha cara. E com a certeza
de quem, quando investe em alguma coisa, não tem medo - as mulheres devem ter a
coragem de enfrentar os obstáculos - abrir um espaço novo, acreditar no seu
horizonte e, principalmente, acreditar em si mesma, mas com a ajuda de Deus e
dos homens que sempre estão a nossa volta.
Então
há dez anos tenho esse programa, que comecei com o meu filho, acho que, inspirado na mãe e no tio,
formou-se em jornalismo na Ulbra, o que me deu muito orgulho. Claro que
ocorreram muitas reclamações, porque marido também presta para reclamar que é
uma beleza. Houve alguns altos e baixos, mas consegui, - por aqueles que
acreditaram em mim, principalmente a parceria com a TV Guaíba, o telespectador
que me deixou viver, vibrar, e conquistar um lugar - esse prêmio no dia de hoje
pelos dez anos de “Palavra de Mulher”.
A
nossa “palavra de mulher” não tira a palavra do homem, mas é uma palavra de
honra, já que fui criada por um pai que dizia que o fio de bigode dele valia a
sua assinatura e eu mantive a palavra como ponto alto. Estou numa casa onde a
palavra é o grande argumento, a grande força e, principalmente, a vitória
desses que aqui trabalham, como a Assembléia Legislativa, a Casa do Povo do
Estado, também é Casa do Povo. A palavra de todos que aqui trabalham é muito
importante.
Por isso
homens e mulheres precisam ter palavra. Num País como o nosso, que infelizmente
muitos falam e poucos fazem, eu tenho orgulho de ser gaúcha, de estar aqui
nesta Tribuna e de dizer que a parceria com todos que colaboraram e colaboram
comigo no Programa, seja da minha produção que é dirigida pelo Glei Soares
Bello, seja pelos Vereadores que aqui estão, seja pela minha diretora e por
todos esses trabalhadores do “Palavra”, que honram o meu espaço e que ensinam,
ajudam e principalmente dão muita esperança a um povo como o nosso. Estou muito
feliz por estar aqui, desejo voltar outras vezes para homenagear outras
pessoas. Admiro o trabalho dos nossos políticos, porque com certeza eu só sei
fazer política em televisão, de uma forma mais aberta, já que a nossa TV 2
Guaíba é uma produtora independente, uma Emissora que fala das nossas coisas,
que valoriza o nosso povo, a nossa gente e que permite ter uma palavra
completamente sem censura. E eu só sei trabalhar assim, dizendo o que sinto,
aquilo que penso, e projetando um futuro sempre com muito otimismo para os
homens e principalmente para as mulheres. Querer é poder, - e eu conversava com
a Vera. Anamaria Negroni - por isso, as mulheres precisam se conscientizar do
seu poder feminino, e estou plageando, lá da Federação das Mulheres, a minha
querida Vera. Clênia Maranhão. Principalmente, as mulheres também devem fazer
política à sua maneira, conhecendo os políticos, valorizando cada um de nós e
já entrando plenamente em campanhas para que futuramente sejamos, quem sabe, um
dia 50% , 50%, “fifty-fifty” com os homens, mas sem dúvida nenhuma, que eu fico
muito feliz, muito honrada e quero
continuar tendo os meus parceiros, todos que aqui estão, que, com certeza,
contribuem fortemente para este Programa ser notícia, falar verdades e criar
para todos nós uma forte e possível esperança de realizações. Eu agradeço
imensamente, agradeço a minha Diretora, e deixo meu carinho, meu abraço,
plenamente, aqui, meu Presidente em exercício Ver. Isaac Ainhorn, meus queridos
Vereadores, estão todos convidados a dar sua “palavra de homem” dentro de um
programa que o título é “Palavra de Mulher”. Muito obrigada aos amigos, aos
meus parentes, a todos os meus telespectadores, que são a razão do sucesso desse
Programa, que são a minha companhia de
todos os dias, a quem eu me refiro sempre e digo que é mais fácil falar com
esta pessoa que me vê em casa, do que, às vezes, no Plenário da Câmara
Municipal de Porto alegre. Certamente eu quero continuar tendo o prazer de ter
credibilidade, de ter alegria e, se possível, só dizer coisas que vão construir
um futuro mais bonito, melhor e possível de ser construído com sonhos, projetos
e grandes realizações. Meu Carinho, meu beijo aos telespectadores, meus anunciantes
muito obrigado. Também para sustentar uma Emissora altamente comercial, eu
preciso de patrocinadores. Um beijo aos meus aos meus amigos desta Casa
maravilhosa e a essa Bancada tão bonita que me honrou nesta tarde, neste 14 de abril de 1998.
Estão
todos convidados a comparecer, no próximo dia 26, no Grêmio Náutico União,
quando realizaremos uma festa bem interessante, laureando aqueles que se
destacaram, nesses dez anos do “Palavra de Mulher”, na nossa sociedade, na
nossa comunidade e como profissionais. Desculpem o tempo que eu tomei e abusei.
Muito obrigada. (Palmas.)
(Não
revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: Convidamos a todos para ouvir a execução
do Hino Rio-Grandense.
(Executa-se
o Hino Rio-Grandense.)
Está
encerrada a Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 18h47min.)
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